“Sou uma peça de teatro”
Zahy Guajajara Coautora Elaine Rollemberg Para falar do que sou, penso em substantivos e adjetivos tão diversos que não trariam qualquer definição, mas um conceito importante talvez: a pluralidade. Chamam-me Zahy e para o universo que existo, ou que existimos, me apresento
Reivindicações históricas e contemporâneas do povo Mapuche com base na obra de Kimvnteatro
Paula González Seguel Diretora teatral, Dramaturga e Documentarista Diretora Artística do KIMVNTeatro Nasci em El Bosque, periferia de Santiago do Chile. Tenho origem indígena por parte de mãe, minha bisavó era uma autoridade ancestral do povo Mapuche. Ela era uma machi (xamã), uma
Oguatás míticos Guarani e Kaiowá; caminhar entre mulheres, artes cênicas e o fazer corpo
Carla Ávila e Jade Ribeiro Muitos dos Kaiowa que conhec;o contam que, no principio de tudo, era a palavra, nao existia a terra. Então, um dos seres cheios de palavra e de luz criou varias camadas de argila que se converteram
Grupo Teatral Nação Nativa, intérpretes de sua própria história
Helena Corezomaé Formado por crianças e adolescentes do povo Umutina-Balatiponé, o grupo Teatral Nação Nativa decidiu interpretar nos palcos a história de seu próprio povo, que foi quase dizimado a partir do contato com os não indígenas. Apesar de poucos, os Umutina-Balatiponé
O teatro é um direito emblemático para a inclusão de nacionalidades originárias e os povos do mundo
Juan Francisco Moreno Montenegro A relação entre o teatro e os povos indígenas, camponeses e colonos corresponde ao exercício de direito para o desenvolvimento integral (Convenção de Diversidade Cultural da UNESCO 2005). Acredito que muito da teatralidade originária de nosso continente americano
Universos que se espelham nas artes
Jaider Esbell A ideia que temos hoje de teatro é de um lugar onde talvez nós, os atores, corpos coletivos indígenas, estejamos marcando como um lugar de troca, de devolução e especialmente de revolução. Um ato contínuo onde o rito é
Uma conversa desde os nossos bancos
Ana Luiza da Silva e Raquel Kubeo Nesta conversa entre nós, Ana e Raquel, em que contamos sobre uma experiência no teatro que nos aproximou, mulher indígena e mulher não indígena, optamos por deixar nossas vozes evidentes para quem nos lê.
“A palavra que age” – medidas simbólicas indígenas contra a farsa da representação colonial
Juma Pariri I “Qual o real da poesia?” Em 22 de setembro de 2013 foi realizada a ação cênica “A palavra que age”1 – medida2 performATIVA, no Parque dos Ipês, região central da cidade de Dourados/MS, como parte da programação do V Festival
Vivências e teatralidades do grupo de artes Dyroá Baya
Anderson Kary Báya e Dayane Nunes As diversas vivências do grupo durante esses dezoito anos nas artes cênicas é de pura aprendizagem em meio a turbilhões de diálogos, relatos, fatos e resiliência. Durante os sete anos que faço parte do grupo,
Janduí: identidade e ancestralidade em Kõkamõu
José Ricardo Roberto da Silva OITICICAS Cantar, dançar e viver a experiência mágica de suspender o céu é comum em muitas tradições. Suspender o céu é ampliar o nosso horizonte; não o horizonte prospectivo, mas um existencial. É enriquecer as nossas subjetividades, que é a matéria que este tempo