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Virginie Despentes

Teoria King Kong

Este livro é um grito — de dor, de guerra, de liberdade. Em nome de todas as mulheres que não se enquadram, mas também de todos os seres que fogem de estereótipos, Virginie Despentes expõe sua intimidade: de punk a prostituta, de vítima de estupro a cineasta. Sua trajetória serve de disparo para estilhaçar a ditadura da imagem e os preconceitos a ela vinculados.

Título: Teoria King Kong
Título Original: King Kong Théorie
Autor: Virginie Despentes
Tradução: Márcia Bechara
Ano: 2016 | 1ª edição
N˚ de páginas: 128
Dimensões: 13x20cm
ISBN: 978-85-66943-26-9
Preço de capa: R$ 84,90
Não à toa, o livro foi um fenômeno na França; ele é, afinal, um manifesto poderoso, ácido e provocante para um novo feminismo. Para Paul B. Preciado, em seu Testojunkie, “V.D. é um ser absolutamente perfeito […]. Convém destacar que existem muitos tipos diferentes de perfeição na pornografia e no feminismo, e que V.D. possui todos esses tipos reunidos e que cada um deles lhe pertence em seu grau máximo”.
A distinção entre masculino e feminino é tão engessada, tão esmagadora. Do meu ponto de vista, nossa aparência e as coisas que fazem parte disso — inclusive a sexualidade — precisam ser mais fluidas. De tempos em tempos, deveríamos ser capazes de mudar, de nos desapegar da ideia de gênero, de experimentar mais. Nosso visual, o modo como agimos e nossas intenções poderiam mudar. Eu posso ser uma vagabunda sexy hoje e uma mulher de negócios poderosa amanhã.
Virginie Despentes, entrevista para Olivier Zahm
purple.fr, no 16, 28 de julho de 2011
Virginie Despentes nasceu em Lyon, França. Publicou seu primeiro romance Baise-moi [Me fode] em 1993, aos 24 anos. Antes disso, no entanto, trabalhou numa loja de discos, numa de revelação fotográfica rápida, e depois como baby-sitter, prostituta e resenhista de filmes pornô. Sua vivência no submundo punk-rock e da prostituição a dotou de um olhar agudo para as hipocrisias da contemporaneidade. Desde então, com seu estilo cru e irônico, têm se firmado como uma das escritoras feministas mais polêmicas e relevantes da França. Viveu alguns anos em Barcelona junto a Paul B. Preciado, de quem foi companheira, tendo regressado a Paris em meados da década de 2010. Entre suas obras estão, Les Chiennes savantes [Cadelas eruditas], 1995; Les jolies choses [As belas coisas], 1998; Teen spirit [Espírito adolescente], 2002; Trois étoiles [Três estrelas], 2002; Bye Bye Blondie [Até logo, Blondie], 2004; Apocalypse bébé [Bebê apocalipse], 2010; e a trilogia iniciada em 2015, Vernon Subutex. Recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, como o Prêmio Lambda de Literatura na categoria “não ficção LGBT”, em 2011; o prêmio Renaudot, em 2010; e os prêmios Landerneau e La Coupole, ambos em 2015. Como diretora de cinema, foi responsável tanto pela adaptação de Baise-moi, em 2000, e de Bye Bye Blondie, em 2012; quanto pelo documentário Mutantes (Féminisme Porno Punk), de 2009.
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