Depois de ter abordado a antropotecnologia como a produção do (pós)humano, depois de ter lançado as bases da paleontologia espectral e de ter explorado as consequências políticas dos arcana imperii ligados ao poder escópico do ocidente contemporâneo, o políptico da Comunidade dos Espectros toma agora o seu curso mais especulativo, iniciando a fase de desenvolvimento da para-metafísica. A filosofia é assim redirecionada para algumas das suas questões cardeais, para as quais procura delinear respostas de um novo tipo: em que condições é a cosmologia o conhecimento que pode explicar problemas tão cruciais como a imortalidade ou a diferença sexual? Em que sentido se pode falar, filosoficamente, de um Multiverso numa época em que, como Friedrich Hölderlin já havia salientado, a ciência parece incapaz de satisfazer as exigências dos espíritos criativos?