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Silke Kapp e Roberto dos Santos (eds.)

Sonhos em série: arquitetura e pré-fabricação nas margens do capitalismo

Sonhos em série: arquitetura e pré-fabricação nas margens do capitalismo é uma coleção de ensaios que investiga a pré-fabricação desde o pós-Segunda Guerra Mundial, período em que essa abordagem ganhou imensa visibilidade. Naquela época, o discurso da pré-fabricação prometia resolver o problema habitacional “em todos os mundos”: nos países centrais, no bloco soviético e nos países subdesenvolvidos.

Título: Sonhos em série: arquitetura e pré-fabricação nas margens do capitalismo
Organizadores: Silke Kapp e Roberto E. dos Santos
Preparação: José Camilo Carlos Júnior, Silke Kapp
Revisão: Alexandre Bomfim
Ano: 2025
N˚ de páginas: 193
Dimensões: 22,5 x 14,5 cm
ISBN: 978–65–6119–069–5
Preço: R$ 56,90

O livro originou-se de uma feliz coincidência. Jonathan Charley e Clécio Magalhães haviam se juntado ao Grupo de Pesquisa MOM — um como professor visitante; o outro como pós-doutorando — , ao mesmo tempo em que Sergio Ekerman e José Baravelli estavam envolvidos no projeto Translating Ferro/ Transforming Knowledges, também em parceria com o MOM. Esse encontro, que uniu as diversas perspectivas sobre o tema, desdobrou-se primeiro no seminário Pré-fabricação: da genealogia à economia política e, em seguida, na publicação deste livro.
Essa retomada foi motivada pela constatação de similitudes entre o entusiasmo com a pré-fabricação no pós-guerra e o entusiasmo atual em torno da revolução nos métodos de projeto e construção (CAD, BIM e outros acrônimos). Novamente, a tecnologia é propagandeada como uma suposta solução para as contradições socioespaciais em toda parte. Nesse sentido, as hipóteses levantadas pelas discussões sobre a pré-fabricação despertam um interesse mais amplo, conectando-se a questões que atravessam o nosso presente.
“As novas tecnologias podem ajudar na produção e na coordenação de um tal contexto produtivo, mas elas não são imprescindíveis nem farão milagres. Da pré-fabricação em taipa às miniusinas de Lelé, várias das iniciativas discutidas aqui contêm outras inspirações e pistas valiosas. Cabe ler os capítulos seguintes com essa possibilidade em mente e, ao mesmo tempo, com o discernimento crítico que a retrospectiva favorece.” (Silke Kapp e Roberto dos Santos, p.23)

Silke e Roberto (Ró) são arquitetos, professores do Departamento de Projetos da Escola de Arquitetura da UFMG e fundadores do Grupo de Pesquisa MOM, cuja coordenação colegiada compartilham com Ana Baltazar, Margarete Araújo e Tiago Castelo Branco.
Silke é mestre e doutora em Filosofia (UFMG), com foco em teorias críticas, práticas experimentais e Estudos de Produção. Pelo selo MOM, publicou Teoria Crítica de Arquitetura e Canteiros da Utopia. Dedicou-se à difusão da obra de Sérgio Ferro e realizou a tradução de H2O e as águas do esquecimento, de Ivan Illich, também publicada pelo selo MOM em 2025.
Ró é mestre em Arquitetura e Urbanismo e doutor em Educação (UFMG). Suas pesquisas abordam as histórias da construção da cidade, focando em processos de trabalho, tecnologias, economia de obras públicas e manejo das águas urbanas. Ele coordena o projeto de extensão Águas na Cidade, que busca ampliar e difundir os conhecimentos relacionados à dinâmica das águas no interior das bacias hidrográficas urbanizadas; e a pesquisa Autogestão e outros sinais de autonomia, sobre experiências habitacionais autogestionárias em Belo Horizonte (1996-2012), que resultou na exposição e na coleção Autogestão de Moradias.