O culto da força e da vitória, da hierarquia e do comando, da propriedade ou do Estado, implica na defesa de uma forma de vida exclusiva e excludente. É nas antípodas disso que seria preciso tornar a ouvir o termo vida. Para ficarmos numa formulação feliz de Lapoujade: não permanecer na fraqueza de cultivar apenas a força, porém ter a força de estar à altura da própria fraqueza. A vida assim concebida é justamente aquela que “escapa” à modulação biopolítica e à tanatopolítica que lhe é correlata. Para retomar termos já conhecidos, trata-se de uma vida não-fascista. Mas como reativá-la na atual conjuntura?