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Christine Greiner

Corpos crip

Estranhezas e corpos crip emergem por toda parte e não apenas em redutos distantes e exóticos. Eles estão na nossa casa, na vizinhança, nas histórias cotidianas, nos sonhos e, não raramente, fazem parte de nós. Mais do que abjetos sociais paralisantes, corpos crip movimentam novas perspectivas e estão sempre nos surpreendendo. Para introduzir a vasta bibliografia em torno das cripistemologias, escolhi focar em estudos publicados a partir dos anos 2000, buscando uma noção expandida de vida e inteligência. 

Título: Corpos Crip – Instaurar estranhezas para existir
Autor: Christine Greiner
Ano: 2023
N˚ de páginas: 88
Dimensões: 17 x 12cm
ISBN: 978-65-81097-74-5

Preço: R$ 48,00

Além dos depoimentos pessoais, há um questionamento do antropocentrismo que ajuda a pensar a constituição de si como uma operação anárquica. O que me interessa é perceber como se dá a instauração de diferentes modos de existir a partir de circunstâncias fora dos padrões. Trata-se de uma lógica de reinvenção que testa desidentidades e despossessões como manifestos micropolíticos sem nenhuma expectativa ou desejo de sucesso neoliberal. Para levar adiante essa pesquisa tem sido importante dançar com alguns fantasmas. São espectros de gestos, imagens e narrativas, vivas e mortas, que insistem em desafiar certezas. Mas também é bom lembrar das vidas absolutamente comuns que, aos poucos, vão erodindo barreiras e abismos, abrindo caminhos para decantar os movimentos e garantir que ainda vale a pena acreditar.

Christine Greiner é escritora, curadora e professora do Departamento de Arte na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. E autora de livros e artigos sobre Artes do Corpo, Cultura Japonesa e Filosofia do Corpo, incluindo O Corpo pistas para estudos indisciplinares (2005), O Corpo em Crise, curto-circuito das representações (2010), Leituras do corpo no Japão e suas Diásporas Cognitivas (2015), e Fabulações do Corpo Japonês e Microativismos (2017). Foi professora visitante no Departamento de Dança da Universidade Paris VII e na Universidade Kansai Gaidai; e pesquisadora visitante no Departamento de performance da NYU, Universidade de Tóquio, Centro Nichibunken e Universidade Rikkyo entre outras. Como curadora free-lancer criou com Ricardo Muniz Fernandes e Hideki Matsuka, várias exposições transmídia como Tokyogaqui um Japão Imaginado, Revolta da Carne e Corpos de imagens: Eikoh Hosoe.