Este é um delicado livro-confronto. Assim como os estudos sobre indígenas, colonizadxs, escravizadxs, as questões e investigações sobre o feminino e o lugar da mulher sempre rondam o pensamento psicanalítico de maneira suspeita. Seja em textos acadêmicos, na militância política, na vida civil, na clínica ou através das fantasias conscientes e inconscientes dos sujeitos de distintos gêneros e posições sexuadas, a pessoa subalternizada parece estar sempre numa posição identitária diante daqueles que se instituem como universais hegemônicos — uma insistência que se repete e poderia produzir armadilhas e ciladas, negacionismos e defesas.
— Andréa M. C. Guerra