Num texto de tom belicoso, Robin se pergunta como decidir sobre o uso das palavras, se elas já foram assassinadas. “Pois, como decidir? Por mais que o examinemos detidamente, nenhum termo tem substância fixa; nosso dicionário é um dicionário de palavras renegadas; definir é quase decidir, mas como definir aquilo que traiu qualquer significação? Assim, é preciso matar”. Trata-se, com efeito, de uma questão de vida ou morte: tirar a vida de quem não toma as palavras no mesmo sentido que nós, tirar o espírito ao matar o sentido das palavras – eis a equivalência que faz com que, no fim das contas, nada signifique mais nada.