Independente do nome dado à nossa era — Antropoceno, Capitaloceno, Chthuluceno —, algumas imagens marcam nossa experiência emergente: ruínas, tentáculos, entrelaces, fogo. Surge a questão da língua que nasce entre escombros e as literaturas de parentesco. Cogumelos, polvos, máquinas e espectros tecem ficções teóricas e filosofias fabulares, construindo pontes rumo ao incalculável.
Nossos “Agenciamentos Maquínicos” são fábulas sobre essa nova língua, imaginadas com o auxílio de IA, organizadas em edições virtuais mensais. São estórias que abrem espaço para a experimentação tentacular, ao sugerir que no limiar entre humanidades e desumanidades surgem novas possibilidades de existência e pensamento.
Inauguramos a coleção com a exploração do ‘O cogumelo no fim do mundo’, de Anna Tsing. A vida que brota na ruína.