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Witold Gombrowicz

Ivone, Princesa da Borgonha

Um múltiplo, lúcido livro
Ivone, princesa da Borgonha é um livro múltiplo, erudito e divertido. Ele contém a célebre peça de Witold Gombrowicz, cerne do volume, lucidamente anotada.
Mas o livro contém igualmente uma densa Introdução e um instigante Posfácio a quatro vozes de valiosos parceiros de pesquisa.

Título: Ivone, Princesa da Borgonha
Título Original: Iwona, księżniczka Burgunda
Autor: Witold Gombrowicz
Organização: Marcelo Paiva de Souza
Tradução: Marcelo Paiva de Souza
Preparação: Flavio Taam
Revisão: Gabriel Rath Kolyniak
Ano: 2025
N˚ de páginas: 176
Dimensões: 14 x 21 cm
ISBN: 978-65-6119-038-1
Preço: R$ 69,90

A Introdução retraça a vida e a carreira de Gombrowicz em contextos traumáticos. Nela, estão os anos de formação do escritor e suas primeiras publicações, a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a instalação do socialismo estalinista, 24 anos de exílio na Argentina, as agruras com sua Polônia natal e, progressivamente, um reconhecimento que será unânime na Europa e se estenderá ao conjunto do Ocidente. Esse percurso turbulento é percorrido por Marcelo, que se detém em momentos-chave da construção e difusão da obra a partir de fontes polonesas, argentinas e francesas. A tese, convincentemente defendida, é que a obra teatral de Gombrowicz ocupa o centro de sua obra, embora seja mais breve que a ficção e a memorialística. Nesta última, segundo Marcelo, sobretudo no vasto Diário, o teatro é onipresente, como objeto de meditação e de teorização, e como traço distintivo da própria escrita.

— Henryk Siewierski

Witold Gombrowicz nasceu em 1904 numa propriedade rural perto de Varsóvia. Formou-se em direito pela Universidade de Varsóvia e completou os estudos em Paris, graduando-se em filosofia e economia. Iniciou a carreira literária em 1933, com a publicação da coletânea de contos surrealistas Memórias dos tempos da imaturidade. Em 1939, partiu para Buenos Aires, mas não conseguiu voltar a sua terra natal, invadida durante a Segunda Guerra. Passou 24 anos na Argentina e, em 1963, recebeu uma bolsa da Fundação Ford para viver um ano em Berlim. Após o término da bolsa, mudou-se para o sul da França, e permaneceu lá até a morte, em 1969.

 

Marcelo Paiva de Souza é professor titular do Departamento de Polonês, Alemão e Letras Clássicas e da pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Paraná. Publicou Teatr niepokoju. Studium porównawcze dramaturgii Stanisława Ignacego Witkiewicza i Oswalda de Andrade (Cracóvia: Universitas, 2001) e Sob o signo de Babel: literatura e poéticas da tradução, obra organizada com Raimundo Carvalho e Wilberth Salgueiro (Flor&Cultura, 2006). Traduziu, entre outros, Ida Fink, A viagem (Imago, 1998), Hermann Keyserling, Meditações sul-americanas (Editora unb, 2009) e Czesław Miłosz, Para isso fui chamado: poemas (Companhia das Letras, 2023).