Futuros menores desafia o Brasil a se deslocar do mito da grandiosidade, não em direção ao futuro, mas ao que o corrói, como a traça do arquivo, desdobrando em suas bordas um contra-arquivo que reabre o livro da modernidade. Através de um pensamento tátil, Horne potencializa o voar baixo como saída do projeto e do sonho, e encontro com o impacto mútuo entre palavra e corpo, pés e terra. O convite é para ocupar todas as brechas, mudando a perspectiva fantasmagórica dos grandes espaços vazios e dos tempos inalcançáveis, incluindo o do nosso próprio país, do qual fomos sistematicamente desalojados.
— Ana Kiffer