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Heinrich von Kleist

Sobre a fabricação gradativa de pensamentos durante a fala

Ensaio publicado por Heinrich von Kleist em 187x, no qual ele aborda a questão da construção do pensamento durante a fala. Ensaio crítico introdutório de Maria Cristina Franco Ferraz onde ela aponta as conexões deste texto com Nietzsche, e a extemporaneidade do pensamento, Deleuze e Guattari e o pensamento como máquina de guerra.

Título: Sobre a fabricação gradativa de pensamentos durante a fala
Autor: Heinrich von Kleist
Tradução: Artur Seidel Fernandes
Ano: 2021
N˚ de páginas: 80
Dimensões: 11 x 18cm
ISBN: 978-65-86941-44-9

Preço: R$ 60,00

COLEÇÃO LAMPEJOS

(…) Sem pretender antecipar a graça do texto (outro tema caro a Kleist, em seu magistral Teatro de marionetes), sintetizo a tese central do ensaio, apresentada tanto através de exemplos triviais (conversa com a irmã) quanto por meio de referências literárias (Molière, La Fontaine), políticas (Mirabeau) e acadêmicas (exames orais). AO contrário do que geralmente se supõe, não se trata de pensar antes de falar. A elaboração paulatina da fala funciona, segundo a gtese de Kleist, como uma roda paralela à do pensamento, ambas girando e se co-movendo em torno de um mesmo eixo. As ideias vão sendo, portanto, gradualmente fabricadas enquanto se está falando. (…)

Maria Cristina Fraco Ferraz

Heinrich von Kleist foi um influente escritor e dramaturgo alemão do final do século XVIII e início do século XIX, conhecido por sua escrita provocativa e sombria. Suas obras exploram temas como o destino, a loucura e a busca pela verdade, desafiando as convenções teatrais de sua época. Kleist é aclamado por peças como “O Príncipe de Homburg” e contos como “Michael Kohlhaas”, que continuam a ser estudados e encenados até hoje. Sua vida pessoal foi marcada por lutas internas e tragédias, culminando em seu suicídio em 1811, aos 34 anos, deixando um legado duradouro na literatura alemã.