CLOSE
Topo
Lula Wanderley

No silêncio que as palavras guardam

Este livro é leitura essencial para qualquer pessoa interessada na interseção entre arte, loucura e terapia e sua relevância para a política contemporânea do cuidado. — Peter Pál Pelbart

Título: No silêncio que as palavras guardam
Autor: Lula Wanderley
Ano: 2021
N˚ de páginas: 125
Dimensões: 21 x 13,5cm
ISBN: 978-65-86941-26-5

Preço: R$ 65,00

No silêncio que as palavras guardam é um livro baseado em narrativas clínicas sintetizadas e com fortes elementos do “contar histórias”. Tentei escrevê-lo em uma linguagem simples e emocional para não distanciá-lo do leitor – para não distanciá-lo da vida. Contar histórias incomuns que o sofrimento constrói, como se pudessem acontecer a qualquer momento na minha ou na sua existência, na minha família ou na família de um amigo. Contar histórias evitando romanceá-las, desviando-me do risco de criar um personagem de mim mesmo a criar outros personagens. Procurei, ao narrar os fatos vividos, estar sempre próximo da semelhança da verdade. Sei, no entanto, que a língua aprisiona, que nenhuma palavra dá conta de descrever a intersubjetividade da comunicação humana quando mergulhamos nas convulsões de tempo e espaço contidas na experiência do sofrimento psíquico. O que eu vivi foi
muito mais forte e denso do que consigo narrar. — Lula Wanderley

Lula Wanderley nasceu em Recife, Pernambuco. Colaborou com jornais e revistas como artista gráfico e participou de movimentos de poesia experimental. Simultaneamente, estudou medicina e formou-se pela Universidade Federal de Pernambuco. Migrou para o Rio de Janeiro em 1976, onde ligou-se a Nise da Silveira, trabalhando na Casa das Palmeiras e no Museu de Imagens do Inconsciente. Colaborou com Lygia Clark na transposição do Objeto Relacional para uma proposta psicoterápica, desenvolvendo um trabalho com pessoas em grave sofrimento psíquico: esquizofrênicos, autistas, melancólicos. Escreveu, sobre seu trabalho com Lygia Clark, o livro O Dragão Pousou no Espaço: Arte Contemporânea, Sofrimento Psíquico e o Objeto Relacional de Lygia Clark (Rocco, 2002). Em paralelo, continuou suas pesquisas como artista visual, publicando e expondo regularmente em galerias e museus.