É sempre fácil de dizer que o esquizofrênico foge da realidade, regride a uma posição narcísica e permanece inacessível à transferência. A única coisa importante é conseguir fazer exatamente o contrário: entender a maneira como o esquizofrênico transforma a realidade da qual ele foge, seguir a maneira como esquizofreniza suas próprias identificações e o próprio narcisismo, e co-experimentar a maneira como já experimenta aí mesmo os modos de relação transferencial cujas virtualidades a disciplina asilar esmagou há muitíssimo tempo, mas cuja essência o conceito analítico de neurose de transferência continuou desconhecendo.