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Amanda Mendonça e Pâmella Passos

ESPAÇO CORUJA

A formulação do Projeto de Lei do Espaço Coruja foi sem dúvida uma das ações de maior impacto emocional para Marielle. Era a sua história: uma mulher negra, favelada, que foi mãe jovem e precisava de um lugar seguro para deixar sua filha enquanto trabalhava e estudava. Marielle teve uma rede de familiares e de amigos que lhe garantiu avançar e concluir seus estudos. Mas ela conhecia as diversas e duras realidades da maioria das mulheres que são as que não possuem essa oportunidade. Com sua empatia e olhar solidário diante da realidade dessas mulheres, ela propôs, como legisladora, a criação do Espaço Infantil Noturno.

Título: Espaço Coruja: pelos direitos das mulheres e das crianças. Legisladora Marielle Franco
Autoras: Amanda Mendonça e Pâmella Passos
Ano: 2020 | 1˚ edição
N˚ de páginas: 64
ISBN: 978-65-81097-05-9

Preço: R$ 20,00

Foram muitos os momentos em que a vi preocupada e empenhada com a elaboração desse projeto tão caro a ela. Ouvinte ativa às críticas, sempre buscou ponderar, mas tinha em seu próprio corpo e história de vida a certeza da urgência deste projeto. Espero que, com essa lei, crianças tenham direito a um lugar seguro enquanto suas mães e pais trabalham e/ou estudam. Assim, Marielle seguirá construindo um mundo mais justo e igualitário e movimentando as estruturas dessa sociedade ainda tão patriarcal, misógina, machista e racista. [Monica Benicio]

Você sempre me ensinou que ser mãe na cidade do Rio de Janeiro é um caso à parte. Ser mãe favelada, mais ainda. É viver com medo de não ver seu filho chegar em casa, alvo de inúmeras violências. Foram diversas vezes que você se jogou em cima de mim em um ato quase instintivo de proteção. Inúmeros tiroteios. Violência cotidiana, mas com muita resistência cotidiana. Ter o Espaço Coruja representa, especialmente para mulheres pobres e de favela, um lugar para o cuidado das crianças, para troca de afeto. E eu sigo aqui, resistindo por você. Resistindo por todas as mães que são vítimas do Estado e, principalmente, por todos os filhos que são vítimas do Estado. [Luyara Franco]