Não são meras possibilidades, já que os virtuais existem à sua maneira. O problema é que carecem de realidade, como se não houvesse lugar para eles no mundo real.
Quem pretende fazer com que existam mais, que tenham “mais” realidade, é, além de criador, um advogado, pois luta pelo “direito” de existirem com mais intensidade, de ocuparem legitimamente um lugar neste mundo. Cada criação não seria uma defesa em favor das novas existências que cria?
Não será este o problema de cada existência, na medida em que se percebe privada do direito de existir de tal e qual maneira? É a interrogação que percorre este livro, na interseção entre a existência, a arte e o direito.