“É paradoxal a atualidade de A missão, peça de Heiner Müller sobre o fracasso da revolução nas Antilhas, no rastro da Revolução Francesa e de seus desdobramentos. Paradoxal porque se trata de uma peça histórica que problematiza um outro espaço e um outro tempo, e não o Brasil do primeiro quartel do século XXI. No entanto, choca o leitor perceber que duas de suas questões centrais — o sentido da traição e o sentido da escravidão — nos interpelam diretamente, como se a obra focalizasse o nosso próprio espaço-tempo, nosso inferno aqui e agora.”
— Laymert Garcia dos Santos