Virginie Despentes nasceu em Lyon, França. Publicou seu primeiro romance Baise-moi [Me fode] em 1993, aos 24 anos. Antes disso, no entanto, trabalhou numa loja de discos, numa de revelação fotográfica rápida, e depois como baby-sitter, prostituta e resenhista de filmes pornô. Sua vivência no submundo punk-rock e da prostituição a dotou de um olhar agudo para as hipocrisias da contemporaneidade. Desde então, com seu estilo cru e irônico, têm se firmado como uma das escritoras feministas mais polêmicas e relevantes da França. Viveu alguns anos em Barcelona junto a Paul B. Preciado, de quem foi companheira, tendo regressado a Paris em meados da década de 2010. Entre suas obras estão, Les Chiennes savantes [Cadelas eruditas], 1995; Les jolies choses [As belas coisas], 1998; Teen spirit [Espírito adolescente], 2002; Trois étoiles [Três estrelas], 2002; Bye Bye Blondie [Até logo, Blondie], 2004; Apocalypse bébé [Bebê apocalipse], 2010; e a trilogia iniciada em 2015, Vernon Subutex. Recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, como o Prêmio Lambda de Literatura na categoria “não ficção LGBT”, em 2011; o prêmio Renaudot, em 2010; e os prêmios Landerneau e La Coupole, ambos em 2015. Como diretora de cinema, foi responsável tanto pela adaptação de Baise-moi, em 2000, e de Bye Bye Blondie, em 2012; quanto pelo documentário Mutantes (Féminisme Porno Punk), de 2009.