A íntima utopia é uma obra destinada a todos aqueles que não querem renunciar ao acompanhamento da loucura, “esse fragmento de espelho que cada um carrega com grande esforço para que lhe sejam menos estranhas suas próprias rupturas”. A partir do relato de oito experiências clínicas singulares, os psiquiatras e psicanalistas Jean-Claude Polack e Danielle Sivadon, em parte inspirados por Guattari e a esquizoanálise, procuram estimular novas abordagens sobre o tema, estabelecendo conexões entre a clínica, a literatura, as artes plásticas e a música. Trata-se de uma obra instigante, escrita de maneira acessível, que discute o trabalho clínico ao mesmo tempo em que mostra a dimensão humana da psicose.